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Questões de português

Origem: Uff

(Uff1999) A condição indispensável para que ocorra uma mudança no papel que a mulher exerce como "filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe" (par.3) de acordo com o texto é:
a) o homem exercer uma influência real sobre o destino dela e sobre o destino das nações;
b) o homem guardar-se de tratá-la como companheira da sua vida, joguete ou escrava;
c) o homem vê-la como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dela;
d) o homem evitar vê-la como objeto e procurar tê-la como sua companheira de vida;
e) o homem ser a fonte das alegrias e desventuras dela, desde o berço até o leito de morte.

resposta:[D]



(Uff1999) Assinale a opção em que o termo em destaque não se vincula sintaticamente ao substantivo que o antecede:
a) "esclarecei seu intelecto COM O ESTUDO DE COISAS ÚTEIS" (par.1)
b) "Cessai aqueles todos discursos COM OS QUAIS atordoais sua razão" (par.2)
c) "a mulher DE HOJE EM DIA pode sair-se melhor do que aquela" (par.2)
d) "quando nada mais é que a escrava DOS VOSSOS CAPRICHOS" (par.2)
e) "trate-a como uma companheira DA SUA VIDA" (par.3)

resposta:[A]



(Uff1999) Na flexão dos diminutivos, o uso coloquial, com freqüência, se diferencia do uso prescrito pela gramática normativa.
Assinale o par de palavras em que os DOIS USOS ocorrem:
a) colherzinhas - florzinhas
b) mulherzinhas - coraçõezinhos
c) florezinhas - mulherezinhas
d) mulherzinhas - coraçãozinhos
e) colherezinhas - floreszinhas

resposta:[B]



(Uff1999) Segundo o texto, a luta fundamental para as mulheres é:
a) de cada mulher, para conscientizar os colegas, amigos e marido;
b) de todas as mulheres, contra todos os governos que as oprimem;
c) dos companheiros de trabalho, amigos e marido, por melhores salários;
d) dos governos, pela melhoria das condições de vida das mulheres;
e) das mulheres todas, para exigir seus direitos publicamente em passeatas.

resposta:[A]



(Uff1999) Assinale a opção que transcreve a passagem do texto, cujo sentido corresponde ao fragmento de Marina Colasanti:
Culpadas estão quase todas as que trabalham. Porque não estão em casa, onde sempre lhes disseram que deveriam estar. Porque não estão coladas nos filhos. Porque não estão à disposição dos maridos. Porque, cumprindo a sua vida, não se sentem cumprindo à perfeição aquelas que são consideradas suas atribuições primordiais.
(COLASANTI, Marina. "Mulher daqui pra frente". São Paulo: Linoart, 1981.)

a) "Nunca esteve tão bom para nós, mulheres." (par. 1)
b) "o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais -" (par. 2)
c) "Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes," (par. 2)
d) "o trabalho é complicadíssimo em termos psíquicos para a mulher:" (par. 2)
e) "É uma luta mais intimista de um lado, fora dos jornais," (par. 2)

resposta:[D]



(Uff1999) O uso da partícula se na frase "Esta é uma hora para se parar e pensar." (ref.1) produz um determinado efeito semântico.
Assinale a opção em que se explicita o efeito semântico:
a) Desvia a atenção do leitor para a 3 pessoa, fora da interlocução.
b) Realça a ação de alguém através da referência pela 3 pessoa do singular.
c) Valoriza a luta da mulher, individualizando-a.
d) Enfatiza a oportunidade da hora, na luta da mulher.
e) Enfatiza o sentido dos processos referidos nos verbos no infinitivo.

resposta:[E]



(Uff1999) No trecho abaixo, o termo destacado tem função anafórica, já que retoma elemento anteriormente expresso.

"A luta de base, de formiguinha, ONDE o confronto não será mais com a polícia e o governo somente, mas basicamente com os companheiros de trabalho, amigos e marido." (par.3)

Assinale a opção que apresenta o elemento anteriormente expresso:
a) confronto
b) formiguinha
c) luta
d) polícia
e) passeatas

resposta:[C]



(Uff1999) Uma das frases do texto apresenta um verbo, cuja regência reproduz característica da frase oral coloquial, fugindo à rigidez da norma culta escrita.
Assinale a opção em que ocorre tal procedimento:
a) "Muito está colocado, mas tudo será por fazer." (par.2)
b) "É uma luta intimista de um lado, fora dos jornais, mais difusa na realidade." (par.2)
c) "Os salários não são iguais, as creches continuam insuficientes, o sexo é uma confusão total entre o agir e o sentir," (par.2)
d) "Sinto que existe todo um trabalho a ser feito de conscientização feminina - pois o que se passa no Piauí não é o mesmo das grandes capitais -" (par.2)
e) "Esta é uma hora para se parar e pensar." (par.2)

resposta:[D]



(Uff1999) A imagem de mulher que corresponde à do texto é:
a) a das mulatas carnudas e sensuais de Jorge Amado
b) a das virgens lindas e distantes do ultra-romantismo
c) a das louras prostituídas do simbolismo francês
d) a de Iracema, modelo de mulher nativa brasileira
e) a da mulher satirizada nos poemas de Gregório de Matos

resposta:[B]



(Uff1999) O fragmento do texto, em que se indica claramente que o eu-lírico estava absorvido em seus próprios pensamentos, é:
a) "E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela/ como sombra feliz..." (versos 7-8)
b) "Essa que eu hei de amar perdidamente um dia," (verso 1)
c) "que pensarei que é o sol que vem, pela janela," (verso 3)
d) "tudo o que eu não sentia/ da vida há de acordar no coração, que vela..." (versos 5-6)
e) "-Tudo isso eu me dizia,/ quando alguém me chamou." (versos 8-9)

resposta:[E]



(Uff1999) A fala da personagem feminina, na última estrofe do poema, permite depreender que, segundo ela, o eu-lírico:
a) Imaginava amar perdidamente um dia uma mulher loura e bela, e prestava muita atenção às que passavam perto.
b) Embora estivesse absorto, ainda teve condições de estabelecer relações amorosas com o vulto louro, claro, vagaroso e belo.
c) Estava tão concentrado nos seus pensamentos sobre a mulher de seus sonhos que nem percebeu que ela, na realidade, estava perto.
d) Disse que estava tão perdido em seu sonho dourado, que nem passou perto e nem sequer foi percebido por ninguém.
e) Era um sol que vinha, pela janela, trazer luz e calor à alma escura e fria, sendo loura, clara, vagarosa e bela.

resposta:[C]



(Uff1999) Na literatura, a visão romântica representativa da mulher é a de uma figura idealizada, frágil e inatingível.
Assinale a opção em que a visão da mulher não se enquadra nesta característica:

a) "Ah! Vem, pálida virgem, se tens pena
De quem morre por ti, e morre amando.
Dá vida em teu alento à minha vida,
Une nos lábios meus minha alma à tua!"
Álvares de Azevedo

b) "Anjos longiformes
De faces rosadas
E pernas enormes
Quem vos acompanha?"
Vinícius de Moraes

c) "Anjo no nome, Angélica na cara!
Isso é ser flor, e Anjo juntamente:
Ser Angélica flor, e anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara."
Gregório de Matos

d) "Minha mãe cozinhava exatamente: arroz, feijão-roxinho,
molho de batatinhas.
Mas cantava."
Adélia Prado

e) "Baixas do céu num vôo harmonioso!...
Quem és tu, bela e branca desposada?
Da laranjeira em flor a flor nevada
Cerca-te a fronte, ó ser misterioso! ..."
Castro Alves

resposta:[D]



(Uff1999) Toda noite dá vontade de dizer: 'Esse é o verdadeiro Brasil'. Mas talvez seja mesmo ocioso procurar o país numa só pessoa e num só lugar. Ele é esse E aquele, não esse OU aquele. O que tem de melhor é a variedade. Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural.
(VENTURA, Zuenir. "Jornal do Brasil", Caderno B, 27/06/98. p. 10.)

Leia o fragmento de Mário de Andrade:

Fale fala brasileira
Que você enxerga bonito
Tanta luz nessa capoeira
tal e qual numa gupiara.

Misturo tudo num saco,
Mas gaúcho maranhense
Que pára no Mato Grosso,
Bate este angu de caroço
Ver sopa de caruru
(ANDRADE, Mário de. "Poesias completas." São Paulo: Martins, 1955. p. 333-4.)

vocabulário
capoeira - Terreno em que o mato foi roçado e/ou queimado para cultivo da terra ou para outro fim.
gupiara - Depósito sedimentoso diamantífero nas cristas dos morros; gorgulho.
ver - Como.
caruru - Planta cujas folhas, verdes, são saborosas e nutritivas, e por isso muito usadas na culinária.

Agora, formule até três frases completas, estabelecendo a relação entre as duas últimas frases do texto de Zuenir Ventura e o fragmento de Mário de Andrade.

resposta:O Brasil é especial por ser resultado de uma variedade cultural que engloba aspectos diversos, entrelaçando nosso povo de norte a sul.



(Uff1999) Em português, a relação de causalidade pode ser expressa pela conexão de duas orações em que uma apresenta a causa que acarreta a conseqüência contida na outra. Esta relação pode ser explicitada através de diversas formas estruturais.
Transcreva do trecho abaixo a frase que apresenta uma relação de causalidade, expressa por duas formas estruturais diferentes.
Toda noite dá vontade de dizer: 'Esse é o verdadeiro Brasil'. Mas talvez seja mesmo ocioso procurar o país numa só pessoa e num só lugar. Ele é esse e aquele, não esse ou aquele. O que tem de melhor é a variedade. Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural.
VENTURA, Zuenir. "Jornal do Brasil", Caderno B, 27/6/98. p.10.

resposta:Ele é especial por ser diverso, é singular porque plural.



(Uff1999) No trecho a seguir, há relações de comparação que estão lingüisticamente marcadas por formas diferentes. Transcreva os termos correspondentes de apenas UMA destas relações de comparação.

"A língua é a nacionalidade do pensamento como a pátria é a nacionalidade do povo. Da mesma forma que instituições justas e racionais revelam um povo grande e livre, uma língua pura, nobre e rica anuncia a raça inteligente e ilustrada."
(ALENCAR, José de. Pós-Escrito. "Diva". Rio de Janeiro: Aguilar, 1965, V. L, p. 399, 400, 01.)

resposta:O candidato deverá transcrever apenas UMA das possibilidades abaixo:
a) língua - nacionalidade do pensamento
b) pátria - nacionalidade do povo
c) língua - nacionalidade do pensamento / pátria - nacionalidade do povo
d) instituições justas e racionais - língua pura, nobre e rica
e) língua - nacionalidade do pensamento / pátria - nacionalidade do povo / instituições justas e racionais - língua pura, nobre e rica



(Uff1999) Houve vários modernismos, enfeixados sob a mesma denominação geral e digladiando-se em escolas e manifestos. Houve o modernismo oswaldiano, condensado na teoria antropofágica, mas houve um modernismo folclórico, um modernismo social e nacionalista e um modernismo por assim dizer coloquial, que visava a depor - e conseguiu - o beletrismo da literatura praticada até então.
("Folha de São Paulo", Caderno MAIS!, 28/06/98. p. 6-7.)

Diga a que tipo de modernismo ("folclórico", "social" ou "nacionalista") se filia o texto a seguir. Justifique sua resposta, em até três frases completas.

Nesta hora de sol puro e ouço o Brasil.

Todas as tuas conversas, pátria morena, correm pelo ar...
a conversa dos fazendeiros nos cafezais,
a conversa dos mineiros nas galerias de ouro,
a conversa dos operários nos fornos de aço,
a conversa dos garimpeiros, peneirando as bateias,
a conversa dos coronéis nas varandas das roças...

Mas o que eu ouço, antes de tudo, nesta hora de sol puro
palmas paradas
pedras polidas
claridades
brilhos
faíscas
cintilações

é o canto dos teus berços, Brasil, de todos esses teus berços, onde dorme, com a boca escorrendo leite, moreno, confiante, o homem de amanhã!
(CARVALHO, Ronald de. "Toda a América". Rio de Janeiro: Pimenta de Melo & Cia., 1926.)

resposta:Nacionalista.

O texto ao descrever os tipos brasileiros ressalta, em suas múltiplas atividades, a força do país. Exalta, ainda, a beleza da paisagem e a formação étnica do Brasil, como fatores de confiança no brasileiro do futuro.



(Uff1999) Compare as opiniões expressas nos textos a seguir e escreva um parágrafo de aproximadamente cinco linhas, estabelecendo relação entre a língua e a nacionalidade.

I - A língua é a nacionalidade do pensamento como a pátria é a nacionalidade do povo. Da mesma forma que instituições justas e racionais revelam um povo grande e livre, uma língua pura, nobre e rica, anuncia a raça inteligente e ilustrada.
(ALENCAR, José de. Pós-Escrito. "Diva". Rio de Janeiro, Aguilar, 1965, V. I, p. 399, 400, 401.)

II - LÍNGUA É VIDA. Faz parte de toda a gama de nossos comportamentos sociais, como comer, morar, vestir-se, etc. Não é uma realidade à parte, algo que se esquece tão logo se saia da sala de aula, das provas, dos concursos.
(LUFT, Celso Pedro. "Língua & Liberdade". Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 74.)

III - O Movimento de 1922 não nos deu - nem nos podia dar - uma 'língua brasileira', ele incitou os nossos escritores a concederem primazia absoluta aos temas essencialmente brasileiros [...] e a preferirem sempre palavras e construções vivas do português do Brasil a outras, mortas e frias, armazenadas nos dicionários e nos compêndios gramaticais.
(CUNHA, Celso. "Língua portuguesa e realidade brasileira". Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1970.)

resposta:Língua e nacionalidade são inseparáveis na construção da identidade de uma nação. A língua constitui nossa visão de mundo, influencia nossos comportamentos, refletindo a cultura do povo.



(Uff2000) A concordância (nominal e verbal) é um dos fatores que garantem a coesão e a coerência de um texto.
Assinale a opção que apresenta sublinhado o elemento anteriormente expresso com o qual concorda o particípio VISTA no seguinte trecho:

"Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande," (par.3)

a) "Esta TERRA, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos" (par.2)
b) "até a outra PONTA que contra o norte vem," (par.2)
c) "que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por COSTA." (par.2)
d) "e a terra por cima toda CHÃ e muito cheia de grandes arvoredos." (par.2)
e) "Tem, ao longo do MAR, nalgumas partes, grandes barreiras," (par.2)

resposta:[A]



(Uff2000) "Adjunto adnominal é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste."
(CUNHA, Celso & Cintra, Lindley. "Nova gramática do português contemporâneo". Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985, p.145)

Assinale a alternativa que o tempo destacado NÃO exerce a função de adjunto adnominal

a) "Muitos deles ou quase a maior parte dos QUE ANDAVAM POR ALI trazem aqueles bicos de osso nos beiços." (par.1)
b) "E alguns, QUE ANDAVAM SEM ELES, tinham os beiços furados e nos buracos uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha;" (par.1)
c) "Pelo sertão nos pareceu, vista de mar, muito grande, porque, a estender olhos não podíamos ver senão terra com arvoredo, QUE NOS PARECIA MUITO LONGA." (par.3)
d) "Nela até agora, não pudemos saber QUE HAJA OURO, NEM PRATA, NEM COISA ALGUMA DE METAL OU FERRO; nem lho vimos." (par.3)
e) "E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas QUE TEM." (par.4)

resposta:[D]







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